terça-feira, 12 de maio de 2009

O Giga Prémio de Invenção de toda a Humanidade, Universo, Arredores e Etecetera



Hoje pus-me a reflectir acerca do que é para mim a mais maravilhosa invenção do homem, aquela que melhora significativamente a qualidade de vida, que nos dá conforto, que é ao mesmo tempo objecto de apurado design e de grande simplicidade, o engenho ao qual daria O Giga Prémio de Invenção de toda a Humanidade, Universo, Arredores e Etecetera.

Assim, cheguei à conclusão que, deixando em segundo lugar a roda, o troféu vai para...(rufar de tambores)... a sanita. Também há quem chame retrete, latrina, sentina, privada... eu chamo sanita.

Haverá sítio mais intimista ou lugar mais privado para baixar as guardas da nossa roupa interior e nos sentarmos?

Acredito que os que se usam dela e se despacham num instante também a valorizem muito, mas não tanto como os que, antecipando o momento de alívio, metem debaixo do braço o livro, ou o jornal, ou a revista, ou o folheto do hipermercado ou até, já tenho visto, o computador portátil. Assim sim, sabemos que se vai desfrutar de uma oportunidade de profunda reflexão, cultura, informação ou criatividade, um instante mais do que nosso naquele templo onde cedemos às necessidades e instintos básicos da natureza, ao mesmo tempo que nos distanciamos dela, onde somos reis do nosso reino de reduzidos metros quadrados, sentados num higiénico e confortável trono de porcelana, com a segurança de um macio rolo de papel higiénico.

E aí, cedendo ao impulso dos músculos, no êxtase fisiológico, fazemos o que temos a fazer, até ao arrepio final, sem preconceitos nem pudor ou preocupações com cheiros, barulhos ou trejeitos de expressão que nos envergonhariam em qualquer fotografia.
É a libertação total! E como a valorização deste objecto cresce proporcionalmente à vontade de o utilizarmos!

Por mais evoluídos, por mais educados, cultos, sofisticados ou endinheirados que sejamos, teremos sempre de obedecer ao ciclo natural da alimentação, ingestão, digestão, flatulência, micção e defecação. Por mais escatológico que nos pareça.

Em suma, a sanita, que também se pode chamar retrete, latrina, sentina, privada... encerra o paradoxo de que a nossa humanidade também reside no facto de sermos o único animal à face da terra que tem um local próprio no seu habitat para tratar das suas necessidades mais íntimas, ao mesmo tempo que a nossa natureza animal se vincula no aspecto em que da fralda ao fraque, todos dão traque.

Agora, meus amigos, lanço-vos o desafio: a que atribuiriam este prémio?

10 comentários:

Deize serrano Graphic Notes' BLOG disse...

Olá Rita,

Dou-te os meus parabéns! Até agora estou adorando...

Ora, para responder ao teu desafio, cá vai. A invenção que eu elegi foi, ou foram, os talheres.

Pois é, já te imaginaste a ir à um resturante ou mesmo naquela altura muito embaraçosa que o primeiro encontro com os futuros sogros e, ao invés de utilizarmos os talheres usássemos as mãos? Como é que seria se alguém nos pedisse para passar o sal?(hi!hi!)

É claro que não pretendo ofender ninguém pois, sei que existem sociedades que a invenção dos talheres terá sido um autêntico desperdício de tempo (e dinheiro).

Acho que deu para dar uma ideia.

Querida amiga, vou continuar passando por aqui de vez em quando. Desejo-te os maior sucesso para o teu blog.

Beijos,
Deize Serrano

BatRitinha disse...

Ó amiga, que bom teres passado por aqui, gosto muito de te ter por cá! Volta sempre e comenta, pois a cena que descreveste seria muito engraçada! Uma volta à idade média!
Beijos, Rita

AME disse...

Pois que há textos que gostava de ser eu a escreve-los.
Este é um deles. :-)


Vou pensar no meu prémio... tenho que pensar.
Acho que já sei... A cueca!
Vou ver se escrevo qq coisa.

beijoca minha querida.

BatRitinha disse...

Minha querida, obrigada pelas tuas palavras!
Só mesmo tu para pensares nas cuecas! Estou deserta para ver o texto que vai sair daí!!!

O Espírito do Tai Chi disse...

Amiga BatRitinha,

O texto está "de se lhe o chapéu".
E tão grande foi a dose de boa disposição que deixou os meus colegas a olharem para mim... com aquele olhar de "espanto" e alguma "raiva" de não saberem o porquê do meu rir...
Hei-de pensar num prémio e, como tu, dissertar sobre ele...

Beijinhos e continua...

António Serra

BatRitinha disse...

Amigo Serra, fico feliz pela dose de boa disposição! Imagino os colegas a olharem, e fui incapaz de reter um sorriso! Que mázinha!!!
Beijinhos

João Roque disse...

Olá Rita
venho aqui a conselho de um amigo comum, o Sinest3sia, mas já vi que há mais...
E venho logo num post escrito com muito humor, mas essencialmente muito bem escrito.
Dei uma olhadela rápida pelo blog e acho que vou vir mais vezes...

BatRitinha disse...

Pinguim,
Também já te tenho visto por alguns blogs de amigos.
Muito bem-vindo a este blog, obrigada por seguires o conselho do F3lix e pelo teu comentário. ;) Volta sempre!

Unknown disse...

Eu sei que ninguém me pediu a opinião mas já que estou cá, cá deixo o meu invento favorito.

O cavalo.
-O cavalo é um animal mamífero desprovido de asas, excepto no caso de se chamar Pégaso, que tem o corpo coberto de pêlos e que pêlo sim, pelo não, também se cobre com uma sela quando é necessário. Comummente é considerado um quadrúpede, muito embora alguns especialistas insistam em falar de uma quinta, hipotética pata.
-Muita gente ainda hoje acredita que os cavalos são solúveis em água, pelo que quando chove correm a tirar o cavalo da chuva.
-O cavalo é um animal muito útil ao homem, à mulher e ás crianças; mas é sobretudo útil ás éguas.
-Existem alguns espécimes que são muito apreciados pelo seu sangue, considerado puro e usado nas transfusões entre cavalgaduras que padeçam de problemas; Sobretudo quando padecem de cáries, o que vulgarmente acontece com cavalos dados, aos quais se não devem ver os dentes por fumarem como cavalos.

-Muito embora se trate de um animal muitas vezes referido na literatura, nunca será um épico mas apenas um hípico.

Parabéns pelo Blog!

BatRitinha disse...

Rui,
Muito obrigada pelo comentário, muito divertido e bem escrito!
Volta e opina, sempre que quiseres :)